Quando eu era criança e adolescente morei na rua Frei Gaspar, em Curitibanos. Na verdade, foi naquele local que eu cresci até a idade adulta.
Lembro perfeitamente das brincadeiras de criança, quando, juntamente com várias outras crianças adentravámos a mata em direção de onde é hoje o Hospital Regional de Curitibanos Hélio Anjos Ortiz. Naquele tempo, o terreno era mantido pela polícia militar.
Há um córrego que margeia a cidade de Curitibanos no lado oeste. Hoje ele é totalmente poluído, mas naqueles anos da década de 70 do século XX, não era. Havia peixes e vida naquele córrego.
Moradores do bairro São Francisco e outras pessoas fizeram nesse córrego, balneários para se refrescarem nos dias quentes de verão. Limparam onde a água era mais parada e profunda. Construíram um lugar ao qual denominaram de “Pedrinha” ou “Pedra Grande”.
Para lá, acorriam numerosas quantidades de pessoas. Famílias inteiras levavam cestos ou sacolas de alimentos, roupas e toalhas. Algumas saíam de bairros distantes de Curitibanos e só retornavam quando o dia e o cansaço exigia.
Muitas histórias foram perdidas que remontam esses idos tempos. Felizmente, nem todas, no livro “A Pedra Grande” do autor curitibanense Antonio Carlos Popinhaki me encontrei envolto nas minhas mais doces lembranças.
Comprei, li e reli essa história com muita atenção e carinho. É um livro importante para os curitibanenses guardarem um pouco da história que para muitos passou despercebida.
Roberto!